O secretário da Segurança Pública, César Nunes, e o delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, esclareceram à imprensa, nesta segunda-feira (24), o episódio envolvendo cinco policiais (quatro civis e um militar da reserva) autuados em flagrante e acusados dos crimes de formação de quadrilha e de concussão (extorsão praticada por funcionário público).

Os policiais civis acusados são Josemário Antônio dos Santos Rodrigues (agente de polícia), Antônio Gonçalves Mendes Filho (detetive), Eduardo Jorge Mendonça Nascimento (inspetor) e Valter Santana Santos (comissário), além do sargento da PM Egídio José Brandão. Eles foram presos em flagrante, nesta segunda-feira, quando utilizavam um guincho para retirar objetos do depósito do empresário, no bairro de Águas Claras, e estão detidos nas corregedorias das polícias Civil e Militar.

Segundo o delegado-chefe Joselito Bispo, os acusados exigiam R$ 70 mil de um empresário do ramo de reciclagem de materiais sob alegação de que seus objetos tinham procedência ilícita. “Isso não era verdade e, para que tais objetos não fossem apreendidos, eles exigiam dinheiro em troca”, explicou. Ao ser extorquido, o empresário procurou a Secretaria da Segurança Pública, na sexta-feira (21), para relatar o caso.

Após a denúncia, houve o trabalho de identificação dos policiais. As investigações começaram no sábado e ainda estão em andamento, com o depoimento de testemunhas e o interrogatório dos acusados. Dela, consta uma gravação em áudio e vídeo da conversa entre o empresário e os policiais.

Enquanto as investigações transcorrem, os policiais acusados permanecem detidos. “Há a suspeita de que há mais cinco pessoas envolvidas e que vão ser devidamente investigadas”, explicou o secretário César Nunes, ao conceder entrevista coletiva na Corregedoria da Polícia Civil, na Chapada do Rio Vermelho.