O que é o DNA? Qual o uso do antimônio? Como opera uma máquina a vapor? Estas e outras perguntas podem ser respondidas no Museu de Ciência e Tecnologia da Universidade Estadual da Bahia (MC&T/Uneb), que completou 30 anos nesta terça-feira (17) e foi oficialmente reinagurado pelo governador Jaques Wagner após reforma e ampliação de seu acervo e instalações.

Além de mudanças na estrutura física, estão entre as novidades do museu: a ampliação do acervo, a aquisição de novos equipamentos, como um simulador de terremoto e um modelo de demonstração de vulcão; a recuperação das esculturas do artista Mario Cravo e o novo auditório professor Roberto Santos.

Criado em 1979 pelo ex-governador Roberto Santos, o MC&T foi, à sua época, o primeiro museu interativo de ciência da América Latina. Fechado em 1990, o museu passou 16 anos sem abrir as portas, reabrindo em 2006; nesse ínterim, (em 1995) foi incorporado à Uneb. A partir de 2008 ele foi reestruturado pelo Governo do Estado, num investimento de mais de R$ 2,9 milhões.

Interatividade

Quase tudo no museu pode ser manuseado pelos visitantes, que contam ainda com o auxílio de monitores – todos estudantes universitários – que explicam o funcionamento dos mais variados mecanismos de funcionamento das peças expostas.

“As esferas de Newton exemplificam o princípio da conservação de energia. A energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada ou transferida. Por isso, quando a esfera se choca, ela transmite seu movimento para a outra esfera”, explicava o monitor e estudante de física, Maroívo Caldeira a um visitante.

O ex-governador Roberto Santos ressaltou a importância da interação. “Trata-se de um museu eminentemente didático, lúdico, agradável e que promove a inclusão social. Os princípios básicos da ciência, com aplicação em tecnologias das mais avançadas, não se restringem a ser entendidos apenas a uma elite”, asseverou.

Obras com ciência

“Não se tem registro de países que tiveram crescimento econômico dispensando o investimento em ciência e tecnologia. A educação para a ciência é o primeiro passo para isso, o que faz esse museu valiosíssimo”, declarou o secretário de Ciência e Tecnologia, Ildes Ferreira, durante a reinaguração.

A tecnologia cria também menos transtornos. “Aqui mesmo, na Avenida Jorge Amado, onde está esse museu, estamos instalando toda uma tubulação subterrânea que vai chegar até o emissário submarino da Boca do Rio, e praticamente não há nenhum transtorno causado por essa obra fundamental para o sistema sanitário de Salvador, graças à ciência e à tecnologia”, acrescentou o governador Jaques Wagner.

Na solenidade de reinauguração também estavam presentes o vice-governador, Edmundo Pereira; os secretários de Educação, Adeum Sauer; da Fazenda, Carlos Martins; o reitor da Uneb, Lourisvaldo Valentim; a diretora do museu, Adriana Cunha; deputados e vereadores baianos, além de Edvaldo Boaventura, primeiro reitor da Uneb, e Zé Barbosa, funcionário do museu desde sua fundação.

O governador aproveitou a ocasião para entregar as chaves de 40 veículos que vão equipar os campi da Uneb em todo o estado. Ao todo, investimentos na ordem de R$ 1 milhão na frota que há 12 anos não era renovada.