O policiamento ostensivo e normalizado em Salvador frente às ameaças de greve da Polícia Militar (PM) foi garantido pelo comandante geral da PM, coronel Nilton Mascarenhas, em entrevista coletiva concedida nesta quinta-feira (6), na Governadoria. “Vamos manter a paz social e a polícia operante, esta é a lei”, confirmou.

Mascarenhas garantiu inclusive a atuação da PM durante o GP Bahia de Stock Car, que será realizado no próximo domingo (9). O comandante geral assegurou que não existe a viabilidade de uma paralisação por parte da Polícia Militar e que serão ampliados o efetivo, as viaturas e as operações policiais.

“Lamento que algumas pessoas que não têm o compromisso com a sociedade e com a própria instituição queiram conduzir alguns policiais militares para o abismo. Mesmo assim, eu conto com a maioria dos policiais militares e garanto à sociedade baiana que sua PM vai continuar servindo muito bem à população”, assegurou.

Mascarenhas ressaltou, ainda, que o diálogo entre a PM, as associações representativas da categoria e o governo do estado está aberto e em andamento, há 30 dias, seguindo o pedido do governador Jaques Wagner.

Modernização

“Na noite desta quarta-feira (5), demos início às discussões sobre o novo projeto de modernização da Polícia Militar, com a presença das associações de oficiais, subtenentes, sargentos e soldados, além dos secretários das Relações Institucionais, Rui Costa, e da Administração, Manoel Vitório”, comentou Mascarenhas.

Segundo o comandante geral, este novo projeto irá contemplar, entre outros benefícios, ascensão de cargos e capacitação profissional, que refletem diretamente em ganho salarial aos policiais. “Formamos uma comissão para avaliação desse projeto, que visa, sobretudo, a valorização do policial militar, na qual se insere a questão salarial”.

Sobre os demais problemas enfrentados pela corporação, o comandante afirmou que de fato existem e são antigos. “Não entendo porque só agora fazem estes questionamentos sobre viaturas e coletes. São questões antigas que estamos resolvendo aos poucos. Para mexer na estrutura de 184 anos da PM é preciso tempo, e não oito dias sob pressão. Não seremos irresponsáveis, ao contrário, estamos seguros do que estamos fazendo”, concluiu.