Com o objetivo de formular propostas para uma política de comunicação a partir de um debate democrático ampliado com todos os segmentos da sociedade, o Governo da Bahia convoca a etapa estadual da 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada em Brasília, de 1ª a 3 de dezembro.

Decreto nesse sentido foi publicado, segunda-feira (14), no Diário Oficial do Estado. O evento, que vai eleger os delegados, está previsto para os dias 24 e 25 de outubro, em Salvador. A conferência nacional terá como tema “Comunicação: meios para construção de direitos e de cidadania na era digital”.

Também foi criada sob a coordenação da Assessoria Geral de Comunicação Social do Governo (Agecom), a comissão organizadora que irá discutir, sistematizar e realizar a conferência estadual, seguindo o modelo federal da relação tripartite entre o poder público, sociedade civil e representantes dos empresários no setor.

O poder público será representado pela Agecom, a Secretaria de Cultura, por meio do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), a Universidade Federal da Bahia (Ufba), por meio da Faculdade de Comunicação, e a Assembléia Legislativa.

Representando a sociedade civil, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), o Coletivo Intervozes, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil (CTB), a União Brasileira de Mulheres (UBM), a Cipó Comunicação Interativa e o Conselho Regional de Psicologia (CRP).

Os empresários serão representados pela Associação Baiana do Mercado Publicitário (ABMP), o Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro), Sindicato das Empresas de Mídia Exterior (Sepex) e a Central de Outdoor.

Bahia saiu na frente

O pioneirismo baiano em realizar a 1ª Conferência de Comunicação Social do país, em agosto de 2008, impulsionou e ampliou o debate sobre a democratização da comunicação em todo o Brasil, uma vez que provou ser possível discutir aberta e democraticamente, com toda a sociedade, a comunicação enquanto direito social e humano. O evento baiano contou com a presença de mais de duas mil pessoas dos diversos segmentos da sociedade – empresariado, poder público, comunitário, trabalhadores e estudantes – e demonstrou a urgência de se tratar o tema de forma mais ampliada, ou seja, em nível nacional e com todas as instâncias do poder público.