Com 500 espécies catalogadas, a Bahia é o terceiro maior produtor de orquídeas do Brasil, estando atrás apenas dos estados do Espírito Santo e Pernambuco. Para divulgar essa rica diversidade e celebrar a entrada da Primavera, será realizada desta sexta-feira a domingo (25 a 27) a 2ª Mostra de Orquídeas de Salvador, no Palacete das Artes do Museu Rodin, no bairro da Graça.

A iniciativa é da entidade Orquidófilos Baianos Associados (OBA) e conta com o apoio do Governo da Bahia, por meio da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri). A Primavera se inicia nesta terça-feira (22).

No espaço estarão sendo comercializadas seis mil orquídeas de mais de 200 tipos, com cores e perfumes diversos, que custam de R$ 5 a R$ 100. “A ideia é desmistificar o fato de que a orquídea não é acessível à população de baixa renda e que é de difícil manejo”, declarou a presidenta da OBA, Cristina Guerreiro Soares. “Adquirindo a planta de orquidários e não do seu habitat, garantimos a resistência da mesma e preservamos o meio ambiente”, concluiu.

Produção

Estima-se que a Bahia produz cerca de 300 mil dúzias de flores tropicais e subtropicais por ano, movimentando, no mercado atacadista, mais de R$ 3 milhões/ano, além de plantas ornamentais e folhagens produzidas em aproximadamente 50 municípios baianos. O volume comercializado na Bahia ultrapassa a casa dos R$ 15 milhões/ano no atacado, significando que, deste montante, a participação desses produtos baianos no mercado gira em torno de 20%.

A especialista da Seagri, Andréa Sherer, considera que a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais passa por um processo de consolidação, onde produtores, fornecedores de insumos, atacadistas e consumidores vivenciam o desenvolvimento do setor de maneira rápida e progressiva, alavancando o mercado interno e caracterizando-se como importante diferencial estratégico e mercadológico para o estado.

“Um dos passos decisivos para incentivar a atividade no estado está no Projeto Flores da Bahia, desenvolvido pelo órgão e que contribui de forma significativa para a expansão de áreas de produção, nas diferentes e favoráveis condições de clima, altitude e solo que a Bahia oferece”, declarou.