Seis municípios da Chapada Diamantina – Palmeiras, Lençóis, Iraquara, Wagner, Morro do Chapéu e Seabra – vão contar, até setembro, com cerca de 360 residentes locais multiplicadores de Educação Patrimonial graças à realização de mais uma etapa das oficinas do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultura da Bahia (Ipac), órgão da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA).

Outros municípios da região foram beneficiados com a ação desenvolvida pelo Ipac, desde 2007, por meio de exposições itinerantes, palestras e encontros como o Fórum Estadual de Patrimônio Material, realizado em Lençóis, em 2008, com a participação de 210 prefeitos. Também foram desenvolvidas outras ações em parcerias entre a Universidade Federal da Bahia, prefeituras locais e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para Pesquisa e Manejo dos Sítios de Arte Rupestre.

“Promovemos ainda vistorias e orientações técnicas em imóveis e monumentos de importância arquitetônica e histórica para municípios da região, além da coordenação das obras do Programa Monumenta, em Lençóis, que já investiu aproximadamente R$ 8 milhões somente nessa cidade”, diz o diretor do Ipac, Frederico Mendonça.

Nesta etapa do Projeto de Educação Patrimonial do Ipac são promovidas atividades de mobilização e sensibilização, identificação de bens culturais importantes para as comunidades, além de oficinas de conservação de objetos, papéis e documentos. Complementam a programação, as oficinas de bens edificados, documentação fotográfica, montagem e exposição de objetos, documentos, depoimentos, documentários e iconografia sobre a história de cada cidade. Todas as oficinas têm 20 horas de duração.

“Começamos com a temática Guardados e Achados – Memória do Lugar buscando valorizar os bens culturais de cada localidade”, explica a coordenadora do projeto, Ednalva Queiroz. Podem se inscrever, professores, estudantes, lideranças comunitárias e religiosas, artistas e artesãos, gestores, proprietários de bens culturais, colecionadores e guias turísticos, entre outros interessados.

As oficinas contam com a participação do arqueólogo e professor da Ufba, Alvandyr Dantas Bezerra, coordenador técnico do Circuito Arqueológico da Chapada Diamantina. “É importante que os residentes no entorno de sítios arqueológicos, lideranças e representações de quilombolas, dos aldeamentos indígenas e outras minorias, também se inscrevam, como forma de legitimar ações públicas de proteção aos bens culturais”, enfatiza Ednalva. As atividades propõem envolvimento das comunidades na conservação dos patrimônios culturais, releitura da história local e fortalecimento da identidade cultural.

Especificamente com os municípios dessa etapa, o trabalho é feito sobre o Circuito Arqueológico da Chapada Diamantina, que é uma ação de parceria entre Ipac, Ufba e secretarias estaduais, envolvendo formadores de opinião, transmitindo informações básicas sobre patrimônio e a importância da preservação”.

Para se inscrever nas oficinas os interessados devem procurar a prefeitura local e buscar mais informações pelos telefones (71) 3116-6737 e 9625-1409 ou pelo e-mail cepa.ipac@ipac.ba.gov.br.