O Parque Tecnológico da Bahia, previsto para ser inaugurado este ano, em Salvador, já tem recursos assegurados para a implantação da segunda etapa das obras, que inclui laboratórios compartilhados, escola de educação científica, parque ambiental e o espaço ‘mundo da ciência’. No total estão assegurados R$ 28,9 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 16 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e mais R$ 15 milhões do Governo do Estado para a compra de equipamentos dos Laboratórios Especializados por meio do Inovatec.

Os recursos, que totalizam 59,9 milhões, foram captados pelo secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação Paulo Câmera, que destaca a importância dos equipamentos dinamizadores para a consolidação do Parque Tecnológico.

Tecnocentro 

Na primeira etapa será entregue o Tecnocentro, prédio central do empreendimento, no qual vão atuar as empresas âncoras IBM Brasil Indústria de Máquinas e Serviços Ltda, Sábia Expirience Tecnologia S.A, Indra Brasil S.A, Portugal Telecom Inovação Brasil Ltda e mais os institutos de pesquisa Ufba/Fraunhofer, Uneb, Senai/Cimatec, Ifba, Bahiafarma/Natulab, Cetene e Bioinformática.

Com recursos do Governo da Bahia e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, o Parque Tecnológico, localizado na Avenida Paralela, na capital baiana, já recebeu investimento de mais de R$ 50 milhões para obras de infraestrutura e equipamentos do Tecnocentro. “Todo esse esforço para consolidar o Parque visa, entre outras coisas, criar empregos qualificados dentro do Estado e melhorar a competitividade das empresas locais, além de estimular a pesquisa aplicada e gerar produtos científicos para a produção industrial”, diz o secretário Paulo Câmera.

Novos equipamentos dinamizam consolidação do empreendimento

Os laboratórios compartilhados formam o complexo que tem como objetivo atender as diretrizes da Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (PDB) e da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). Eles somam plataformas agregadas que integram parceiros públicos e privados para operações em conjunto e fortalecem principalmente os projetos nas áreas de biotecnologia e saúde. Todos os laboratórios do parque se propõem a atender as normas técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Ao priorizar a biotecnologia voltada à saúde, a Bahia despontará em pesquisa nas áreas de fronteira biotecnológica em consonância com a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia (PDB) do País, com suporte à pesquisa e ao desenvolvimento nas linhas de produção de biofármacos, desenvolvimento de kits para diagnósticos, desenvolvimento de vacinas, terapia gênica e terapia celular e desenvolvimento de soro regionalizado para acidentes por animais peçonhentos.

Escola de Educação Científica 

Os diferentes equipamentos se complementam no Parque Tecnológico da Bahia. A Escola de Educação Científica tem a parceria da Secretaria da Educação do Estado e vai usar a interdisciplinaridade para inserir a criança e o adolescente no universo da pesquisa. A intenção é aguçar a curiosidade dos jovens para a ciência e a tecnologia, direcionando o aprendizado para alunos do ensino fundamental, do 6º ao 9º ano.

O enfoque é científico, mas as atividades vão reunir arte, ciência, tecnologia, meio ambiente e cultura, através de um processo pedagógico lúdico e dinâmico. As aulas serão ministradas em oficinas e laboratórios multifuncionais com recursos científicos e tecnológicos a serem utilizados na realização de experimentos e atividades que possam dar respostas práticas ao conteúdo ensinado.

Parque Ambiental

O Parque Tecnológico da Bahia é um projeto privilegiado, pois está implantado numa área que possui mais de um milhão de metros quadrados, em região central e ainda com vegetação nativa de Mata Atlântica. O ambiente é propício para passeios lúdicos com fundamentos educativos com o objetivo de despertar o interesse pela ciência. A implantação vai acontecer com o mínimo de intervenção na estrutura original, com as trilhas e equipamentos acompanhando as variantes de terreno, como trechos íngremes. O parque infantil terá como tema “Bichos da Mata Atlântica”. Aulas, passeios guiados, palestras e exposições fazem parte das atividades programadas, além da fruição livre.

Mundo da Ciência 

Aprender é importante, mas quando isso acontece de forma divertida se torna uma experiência muito mais completa. O Mundo da Ciência foi criado para ir além do conceito de museu, fazendo o visitante se sentir em um ambiente lúdico e interativo. O Mundo da Ciência tem como principal função promover o interesse científico, despertando a curiosidade e a vontade de buscar respostas. Assim, o Parque Tecnológico da Bahia passa a ter a função de incentivar a atitude científica especialmente às futuras gerações de profissionais. No espaço, os visitantes vão se aproximar de experimentos científicos e tecnológicos de forma dinâmica e interativa.