O Ano da França no Brasil ganhou reforço nesta sexta-feira (13) com o Festival de Músicas Mestiças que acontece no Museu Du Ritmo até este domingo (15), encerrando a programação oficial do acordo de cooperação cultural entre os dois países. O festival reuniu artistas franceses, baianos, de países africanos e caribenhos. Além do festival, houve a exposição de música negra.

O Festival de Música Mestiça de Angoulême foi criado por Christian Musset na região francesa de Poitou-Charentes, em 1976. Tem como objetivo a promoção da música urbana e contemporânea da África e países da diáspora africana, mostrando ao mundo ocidental a criação artística nesses países e oferecendo uma plataforma de expressão e intercâmbio aos participantes.

Já a exposição é um pouco do que será o Centro da Música Negra, que funcionará no Museu du Ritmo. O projeto terá exposições totalmente digitais, com apresentações em TV de plasma, proporcionando experiência sensorial aos visitantes. A previsão é que o centro seja finalizado em 2010.

Cultura negra

O Governo do Estado atuou na atração do evento para a Bahia, apoiou financeiramente, via Fundo de Cultura do Estado, além de articular junto aos governos brasileiro e francês suplementos financeiros. Para o governador Jaques Wagner, o festival e a exposição da música negra fortalecem a cultura negra no estado, além de serem um intercâmbio entre os dois países. "O festival traz o estilo musical de vários países, como Cabo Verde, Haiti, Senegal, entre outros. São países africanos e caribenhos que têm como idioma o francês e o português. Portanto, um intercâmbio cultural e, além disso, o evento dá inicio às comemorações do Dia da Consciência Negra", afirmou o governador.