Após passar as tropas em revista e participar do hasteamento das bandeiras nacional, estadual e municipal, na Praça da Aclamação, em Cachoeira, o governador Jaques Wagner, juntamente com seu secretariado, seguiu para a Igreja da Ordem Primeira, onde participa da celebração do Te-Deum. A atividade na manhã desta sexta-feira (25) faz parte da solenidade de transferência da sede do Governo da Bahia para Cachoeira.

O ato cumpre o que está previsto na Lei 10.695/07, aprovada pela Assembleia Legislativa da Bahia e sancionada pelo governador Jaques Wagner.O decreto determina que todos os anos, no dia 25 de junho, a sede do governo seja instalada no município, já que, nesta data, em 1822, os cachoeiranos deram início às lutas pela Independência da Bahia, que culminaram com o 2 de Julho. Em 2010, Cachoeira comemora 188 anos de sua independência de Portugal. A cidade abrigou pela primeira vez a sede do Governo da Bahia em 2008.

Logo após a celebração do Te-Deum, ocorre a entrega das obras de requalificação da orla de São Félix. No período da tarde, às 15h, começa a sessão solene na Câmara Municipal, e às 16h tem início o desfile cívico.

Estão presentes no evento, as secretárias Eva Maria Chiavon (Casa Civil), Arany Santana (Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza), Luiza Bairros (Promoção e Igualdade Social), Luciana Tannus (Justiça) e os secretários Cézar Lisboa (Relações Institucionais), Eugênio Spengler (Meio Ambiente), Eduardo Salles (Agricultura), Jorge Solla (Saúde), Márcio Meirelles (Cultura), César Nunes (Segurança Pública), Carlos Martins (Fazenda), Antônio Tramm (Turismo), entre outras autoridades. O chefe de gabinete do governador, Fernando Schimidt, e o chefe da Casa Militar, Coronel Expedito Barbosa, também participam da solenidade.

História
O dia 25 de junho é o marco das lutas de Cachoeira no processo da independência da Bahia, culminada em 2 de julho de 1823. Em junho de 1822, os cachoeiranos assumiram a liderança do movimento que deflagrou a guerra pela independência baiana, ao reagir às investidas de uma tropa de militares portugueses, a bordo de canhoeira lusitana fundeada no Rio Paraguaçu, que tentava sitiar a vila com o objetivo de sufocar a mobilização popular contra a dominação colonial. E foi no dia 25 que vereadores reunidos no prédio da Câmara redigiram uma ata aclamando D. Pedro de Alcântara, príncipe regente perpétuo do Brasil, com o povo em marcha pelas ruas da então Vila de Nossa Senhora do Rosário do Porto da Cachoeira. Pelos feitos heróicos de seu povo, o imperador D. Pedro I, em 1837, elevou a antiga vila à categoria de cidade, com a denominação de Heróica Cidade da Cachoeira. As comemorações na cidade também marcam a abertura das celebrações em homenagem ao Dois de Julho no Recôncavo Baiano. Até lá, acontecem várias atividades cívicas para comemorar o 25 de junho, a data magna de Cachoeira, e a Independência da Bahia.