“Vamos, através da ação do Governo Federal, consolidar e ampliar o polo calçadista da Bahia”, garantiu nesta segunda-feira (17) o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, na abertura da 38ª Feira Internacional de Calçados, Artigos Esportivos e Artefatos de Couro (Couromoda), que acontece até a próxima quinta-feira (20) no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo.

O ministro foi recebido pelo secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia (SICM), James Correia, no stand do Governo do Estado montado no local do evento, quando assegurou o apoio do Governo Federal à indústria baiana de calçados, tendo, de lá do evento, falado por telefone, com o governador Jaques Wagner.

Durante o encontro, o secretário James Correia informou ao ministro Fernando Pimentel que o polo calçadista baiano já abriga 48 indústrias, além de outras 13 fábricas que estão em processo de implantação ou de ampliação.

Expansão
“Com esses novos investimentos, ao final de 2011, vamos chegar a 50 mil empregos diretos. Hoje, são quase 35 mil trabalhadores, responsáveis pelo preenchimento do mapa do emprego em diversas regiões da Bahia”, explicou Correia.

Fernando Pimentel informou que tem vínculos familiares e sentimentais com a indústria do couro e do calçado, lembrando que o seu pai possuía uma loja de couros em Belo Horizonte. “Posso dizer que o governo da presidenta Dilma Rousseff será o da defesa da indústria nacional.”

Na oportunidade, informou que após a reabertura dos trabalhos legislativos, “vamos enviar ao Congresso Nacional uma série de medidas para desoneração fiscal, aumento das exportações e melhoria da produtividade. As indústrias baianas, com certeza, serão beneficiadas e, principalmente, mais protegidas”, assegurou Pimentel.

30 municípios
Para consolidar a indústria baiana de calçados, o Governo da Bahia investiu, em 2010, R$ 42 milhões em obras de infraestrutura – acessos rodoviários, eletrificação, abastecimento d´água e galpões. O setor no estado fechou o balanço de 2010 com quase 40 milhões de pares de calçados, num valor global próximo a R$ 1 bilhão.

“A Bahia está muito bem posicionada. São muitas empresas em ampliação e outras querendo chegar. O estado tem sido muito importante para a afirmação da indústria calçadista baiana, através de seus planos de atração e manutenção das empresas”, diz o presidente do Sindicato da Indústria de Calçados, Componentes e Artefatos da Bahia (Sindicalçados), Haroldo Ferreira.

O polo calçadista baiano, espalhado por quase 30 municípios, reúne marcas conhecidas como Azaléia, Bibi, Vulcabras, Ramarim, Kildare, Disport do Brasil/Paquetá (fornecedora da Adidas e Diadora), Dal Ponte, Picadilly, Dass e Bison/Via Uno.
A Calçados Pegada, cuja matriz é em Dois Irmãos, no Rio Grande do Sul, está próxima de chegar a mil empregados em sua filial baiana, no município de Ruy Barbosa. A Bibi Calçados, cuja fábrica em Cruz das Almas já responde por cerca de 60% da sua produção nacional, emprega 970 trabalhadores e continua em franca expansão. A Dal Ponte, fabricante de material esportivo, instalada, desde 2003, em Santo Antônio de Jesus com 900 operários, já se ramificou com filiais em Muritiba e Uibaíra.