Os estudantes do Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazú Médice promovem nesta quinta-feira (10), às 15h, no Teatro Eva Hertez da Livraria Cultura do Salvador Shopping, um baile de encerramento das atividades do Projeto Cantando a Vida. Desenvolvido desde o início do ano, a iniciativa traz a musicalidade como eixo central dos trabalhos estudantis orientados por professores das diversas disciplinas. O teatro tem capacidade para receber 200 pessoas e o acesso é gratuito.

Encantada com a novidade, que mobilizou as turmas da segunda etapa do ensino fundamental, a estudante Maria Clara Oliveira, 13 anos, vê a inclusão da música na rotina escolar muito além da cultura. A iniciativa evidenciou o comportamento cidadão, respeito ao próximo e história nacional. “Nós, da 7ª, trabalhamos a mulher no contexto social e musical. Estudamos, sob vários aspectos, músicas que falam bem e mal da mulher. Outras séries estudaram valores humanos, preconceito e movimentos políticos e sociais no Brasil”.

O colega Bruno Filipe Rodrigues, 15, também mostra que passou a ser mais crítico com relação ao tratamento dispensado à mulher. “A nossa cultura musical tem que melhorar. Essas músicas que menosprezam, tratam mal e desrespeitam as mulheres não prestam, não devem ser ouvidas porque influenciam ações negativas”.

Linguagem atrativa

A introdução da música no cotidiano dos estudantes não foi à toa. A professora de educação física Suzana Caldas explica que o projeto reconhece atratividade da música entre os jovens e a entende como manifestação cultural carregada de representações sociais. “A música, nos mais variados momentos históricos, apresenta revelações, relatos, denúncias e faz sátiras de temas relevantes. Tem potencialidade para contribuir como processo de aprendizagem”.

Suzana esclarece ainda que “para realizar o projeto interdisciplinar, o professor de cada área do conhecimento ajustou o currículo da sua disciplina em acordo com outros docentes e com a direção geral, estabelecendo uma comunicação efetiva”.