As políticas de investimentos para Ciência, Tecnologia e Inovação, a eleição do novo presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e lançamento do Sistema de Indicadores para as Fundações e Entidades de Amparo à Pesquisa – o Sifaps. Esses são assuntos de destaque do primeiro fórum nacional do Confap, previsto para os dias 7 e 8 de março, no Bahia Othon Palace, em Salvador.

Pela primeira vez a Bahia realiza o evento, que vai reunir pesquisadores de renome internacional, como o presidente do Instituto Nacional Francês para Pesquisa em Ciências Computacionais (Inria), Pierre Bliman, para discutir com o presidente do Confap, professor Mário Neto Borges, acordo de cooperação entre as entidades.

Do fórum também participam os presidentes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Glauco Arbix, além do presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Roberto Paulo Machado Lopes, e o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia, Paulo Câmera.

Parcerias 

Segundo o presidente do Confap, o evento vai discutir a operacionalização do Sifaps, que entrará no ar após a abertura do evento, e definir os próximos passos para o seu aperfeiçoamento e ampliação, por representar um grande avanço para as FAPs.

“O sistema permite a cada uma se organizar e se estruturar melhor. Também possibilita a comparabilidade entre as fundações e a possibilidade de orientar a tomada de decisão coletiva no Confap. Nossa pauta inclui ainda definição de programas de investimento para 2013 com o Capes e CNPq, que são parceiros de primeira hora das FAPs”.

Mário Borges salienta que a presença do instituto francês Inria no fórum é um exemplo da ampliação de parcerias nacionais e internacionais do Confap. “As alianças das FAPs com órgãos federais, empresas e instituições internacionais já provou ser um importante caminho para o fortalecimento e a qualificação da ciência, tecnologia e inovação no país”.

De acordo com ele, além do crescimento dos aportes de recursos que se ampliam consideravelmente nestas parcerias, existe outro resultado importante, que é a velocidade do avanço da produção dos cientistas de todo o país, seja pela maior articulação entre eles ou disponibilização de alternativas financeiras e científicas de padrão internacional, melhorando a qualidade da ciência brasileira.

Panorama das atuais e futuras realizações do Confap

Em sete anos de existência, o Confap ganhou visibilidade nacional após a 4ª Conferência Nacional de CT&I, realizada em 2010. Segundo o presidente da entidade, Mário Borges, o trabalho feito por seus antecessores foram importantes para dar base e ultrapassar as fronteiras nacionais, permitindo articulações com vários países como a França, Itália, Alemanha, Estados Unidos e Canadá.

“Considero o avanço mais importante o fato de ter colocado o Confap no mapa da ciência nacional e internacional. Hoje, temos representação em todos os órgãos importantes de CT&I assim como participamos ativamente do Comitê Executivo do MCTI, onde grandes linhas de ação são concebidas e decididas. Vários países que hoje têm interesse em parcerias científicas com o Brasil procuram a entidade como o legítimo representante das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa”, enfatiza Borges.