As cadeias produtivas da mamona, do algodão no Vale do Iuiú, e os resultados de pesquisa com homeopatia animal são ações demonstradas pelo Governo do Estado, por intermédio da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), durante a VI Exposição de Tecnologia Agropecuária Ciência para a Vida, que acontece até domingo (28), em Brasília.

O evento é uma realização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que, além de apresentar os avanços em pesquisa e tecnologia própria, também oportuniza às associadas a mostrarem os projetos, programas, pesquisas e tecnologias agropecuárias desenvolvidas em seus estados.

O diretor executivo da EBDA, Osvaldo Alves de Sant’Anna, presente na abertura oficial da exposição, falou sobre a participação da empresa. “É muito importante a presença da Bahia pela oportunidade de apresentarmos a um público eclético, alguns dos avanços nas diversas áreas do conhecimento agrícola”.

Numa área de aproximada nove mil metros quadrados, 60 expositores expressam o que há de mais avançado em pesquisas e tecnologias agropecuárias no país, abrindo espaço para um maior conhecimento, desde a biodiversidade da Amazônia, as tecnologias para a cultura do café, em Minas Gerais, e também sobre a produção de arroz, em São Paulo.

A Bahia, de forma criativa, e muito elogiada, fundamenta sua participação em culturas representativas como a mamona e o algodão, e na tecnologia do uso da homeopatia em animal – área onde é líder, no país -, em função do importante papel para a agricultura familiar, prioridade do Governo do Estado.

No estande, onde a baiana de acarajé Emília tem sido o destaque, oferecendo seus quitutes, foram exibidos tapetes, mantas e bonecas, representando algumas atividades da agricultura familiar na agregação de valor ao algodão.

Pesquisas

A homeopatia, explicada pelo veterinário Farouk Zacharias, um dos pesquisadores responsáveis pela atividade, na empresa, é ressaltada com a ajuda de publicações técnico-científicas e por amostras dos medicamentos mais utilizados nas doenças infecciosas e parasitárias.

As pesquisas foram desenvolvidas pela empresa visando o uso dessa tecnologia em diversos sistemas de produção animal, de forma sustentável, para o tratamento de doenças de várias espécies domésticas.

A EBDA também mostra a cadeia produtiva do algodão, por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cotonicultura no Vale do Iuiú – região, onde a cultura é explorada quase que exclusivamente por agricultores familiares, como atividade de profissionalização de agricultores.

Um tear, equipamento rústico utilizado na fabricação artesanal de tapetes, jogos-americanos, centros-de-mesa e colchas está sendo manuseado durante a exposição para demonstração.

O estado, maior produtor de algodão do país, vem investindo maciçamente em programas de recuperação da cultura, particularmente nas áreas de agricultura familiar, para a recuperação sustentável da lavoura.

Outro ponto em destaque durante a feira é o investimento feito pelo governo baiano na cultura da mamona, tanto em pesquisa como em assistência técnica, além das novas tecnologias de produção.

As variedades de mamona EBDA MPA11 e EBDA MPB01, lançadas em agosto passado pela EBDA, são consideradas mais resistentes e produtivas.

A Bahia é o maior produtor do país, responsável por 84% da produção, com uma área de 141 mil hectares.