Em março deste ano foram criados 2.758 novos empregos com carteira assinada na Bahia, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo, resultado da diferença entre 62.828 trabalhadores admitidos e 60.070 desligados, é significativamente inferior ao contabilizado em março de 2010 (10.266 vagas).

No acumulado do primeiro trimestre do ano são 17.193 novos postos criados, o que coloca o estado como líder na geração de emprego no Nordeste e na nona posição no ranking que classifica as unidades da Federação, segundo os seus respectivos saldos de emprego.

De acordo com os dados analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan), a variação percentual do estoque de emprego exibida pelo mercado de trabalho formal baiano em março (0,17%) situa-se em um patamar abaixo da variação nacional (0,25%) e superior ao da região Nordeste (-0,55%). No período de janeiro a março de 2011, a Bahia apresentou uma variação percentual do estoque de emprego de 1,09%, abaixo da média nacional (1,62%) e acima da média nordestina (-0,17%).

O setor de agropecuária apresentou o maior saldo da Bahia no mês de março, com a geração de 1.648 empregos formais. A construção civil registrou o segundo, com 1.222 postos. Outros setores que apresentaram saldos positivos, porém menos expressivos, foram serviços, com 684 empregos, indústria de transformação (510), extrativa mineral (93), serviços industriais de utilidade pública (89) e administração pública (30).

O saldo do comércio foi de -1.518 postos de trabalho, sendo, portanto, o único setor que apresentou saldo de emprego negativo em março de 2011. No acumulado do ano (janeiro a março), todos os setores da atividade econômica apresentaram saldos de emprego positivos. Os setores de serviços (7.528 vagas), agropecuária (4.466), construção civil (2.613) e indústria de transformação (1.790) foram os que mais se destacaram na abertura de vagas com carteira assinada.

No Brasil foram gerados mais de 92 mil postos de trabalho

Na avaliação para o Brasil, contabilizou-se, no mês de março, um saldo de emprego da ordem de 92.675 postos de trabalho, enquanto no acumulado do ano a economia nacional totalizou 583.886 postos de trabalho formais. A região Nordeste registrou, no mesmo mês, um saldo de -31.649 postos de trabalho. Com esse resultado, acumulou, de janeiro a março, -9.584 empregos.

A Bahia, ao apresentar um saldo de 2.758 empregos no mês de março, ficou com a liderança na geração de emprego em comparação com os outros estados do Nordeste, que contabilizaram saldos de emprego negativos – Ceará (-583 vagas), Sergipe (-729), Rio Grande do Norte (-1.048), Piauí (-2.114), Paraíba (-3.126), Maranhão (-3.816), Pernambuco (-7.205) e Alagoas (-15.786).

Região Metropolitana de Salvador apresenta bom desempenho

A Região Metropolitana de Salvador (RMS) apresentou um saldo da ordem de 350 empregos, classificando-se como o sétimo maior saldo entre as regiões metropolitanas no mês de março. O resultado foi inferior ao verificado nas regiões metropolitanas de São Paulo (25.266 vagas), Porto Alegre (8.066), Curitiba (4.789), Belo Horizonte (1.861), Rio de Janeiro (1.357) e Recife (1.084).

No acumulado do ano, a RMS ocupou a oitava posição, criando 4.663 postos de trabalho. Camaçari e Lauro de Freitas destacaram-se com os melhores desempenhos na criação de novas oportunidades de trabalho formal na Bahia. Camaçari gerou 1.673 empregos e Lauro de Freitas apurou 920 novas contratações formais.

O setor da construção civil foi o mais dinâmico em Camaçari, respondendo por 1.042 postos de trabalho. Em Lauro de Freitas foi o setor de serviços que se destacou na criação de empregos formais (1.113 vagas).

As regiões metropolitanas que mais se sobressaíram na geração de emprego com carteira assinada foram São Paulo (105.554 vagas), Belo Horizonte (28.466), Porto Alegre (21.348), Rio de Janeiro (18.832), Curitiba (18.592), Fortaleza (7.512) e Recife (6.859).

Quanto à geração de emprego no primeiro trimestre de 2011, a participação do interior do estado foi de 12.530 postos ou 72,88% de todas as vagas abertas no estado, ao passo que a RMS criou 4.663 empregos com carteira assinada, o equivalente a 27,12% das vagas celetistas.

Entre os municípios que tiveram os menores saldos de empregos em março destacam-se Salvador (-2.756 vagas), Porto Seguro (-811) e Juazeiro (-462). A retração dos empregos na capital foi determinada principalmente pelo saldo negativo relacionado às atividades do setor de comércio (-957 postos). Em Porto Seguro, o de serviços foi responsável pela eliminação de 461 postos de trabalho, e em Juazeiro, a agropecuária, com -168 postos.

No que se refere ao período de janeiro a março, notou-se que Lauro de Freitas registrou o maior saldo, com 2.507 empregos. Feira de Santana e Camaçari contabilizaram 2.313 e 1.775 empregos formais, segundo e terceiro colocados na abertura de novas oportunidades de trabalho na Bahia.

Nesse horizonte temporal, em Lauro de Freitas o setor de serviços foi o que mais gerou empregos (2.424 postos). Em Feira de Santana e Camaçari o setor da construção civil foi o que mais criou empregos formais (1584 e 1012 postos de trabalho), respectivamente.

Observando os desempenhos negativos nos três primeiros meses de 2011, Juazeiro (-1.106 vagas), Itapetinga (-757) e Porto Seguro (-612) destacaram-se com os menores saldos de empregos formais. Setorialmente, em Juazeiro, a agropecuária eliminou 372 empregos. Em Itapetinga, a contração do saldo final foi predominantemente atribuída ao desempenho negativo do setor da indústria de transformação (-847 postos de trabalho). Em Porto Seguro, o setor de serviços foi o que mais eliminou postos de trabalho (-184).

Publicadas às 16h50
Atualizada às 21h45