Para celebrar o Bicentenário da Imprensa Baiana, a Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura (Secult-Ba), lançará os livros ‘Diário Constitucional: um periódico baiano defensor de D. Pedro-1822’ e ‘A Primeira Gazeta da Bahia: Idade D’Ouro do Brazil’, ambos da historiadora Maria Beatriz Nizza da Silva, no próximo sábado (14), a partir das 9h. O evento, com entrada franca, acontecerá no auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris), instituição que nasceu junto com a imprensa.

Durante o lançamento haverá distribuição gratuita do CD-ROM com as edições microfilmadas e digitalizadas do ‘Idade d´Ouro’, fruto da parceria do Arquivo Público do Estado da Bahia e a Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao Ministério da Cultura (MinC).

“Além do rico trabalho elaborado pela professora Beatriz Nizza, a edição microfilmada e digitalizada permitirá aos pesquisadores e estudantes, interessados na história dos impressos na Bahia, ter acesso rápido a essa documentação, o que resultará em novas pesquisas sobre a temática”, destaca o diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro de Araújo.

O ‘Diário Constitucional’ (publicação da Editora da Universidade Federal da Bahia – Edufba) está na primeira edição. Já o ‘Idade D’Ouro do Brazil’ foi lançado pela primeira vez em 1978, e depois em 2005. Retorna agora numa iniciativa da Edufba em versão revista e atualizada.

A publicação contextualiza a maneira como o jornal tratava seus textos e a visão social da época em que circulou. Os livros são destinados a professores, estudantes de graduação e pós-graduação, além de profissionais das áreas de História, Jornalismo, Comunicação Social e interessados em geral na história do Brasil e da Bahia.

Maria Beatriz Nizza da Silva é professora titular aposentada de Teoria e Metodologia da História pela Universidade de São Paulo (USP) e autora de trabalhos fundamentais sobre os jornais ‘Idade d’Ouro do Brazil’ e o ‘Semanário Cívico’, que inauguraram a imprensa política do Brasil.

História

Em 13 de maio de 1811, o português Manoel Antônio da Silva Serva inaugurou em Salvador a primeira tipografia da Bahia. A empresa, instalada numa das lojas do Morgado de Santa Bárbara, na Cidade Baixa, foi a primeira unidade da indústria gráfica e editorial do setor privado brasileiro.

A tipografia de Silva Serva, no dia seguinte à instalação (14 de maio), lançou o primeiro periódico baiano, o jornal ‘Idade d’Ouro do Brazil’, que foi também o primeiro periódico não oficial impresso no Brasil, e que esteve em circulação até 1823. Assim, a história da fundação do primeiro jornal da Bahia é também um marco na história da imprensa brasileira.