Construção de práticas antidiscriminatórias, respeito às diferenças e valorização da diversidade dentro das unidades de atendimento ao adolescente a quem se atribui ato infracional. Este é o objetivo do 1º Seminário Diversidade Étnico-racial, a ser realizado pela Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) nesta sexta-feira (18), a partir das 14h, no Palácio da Aclamação, Campo Grande, centro de Salvador.

O encontro acontece na semana das comemorações da Consciência Negra, propõe uma reflexão e discussão em torno de questões antirracistas, envolvendo diferenças étnicas, de gênero, culturais e religiosas, e terá entre os participantes educandos, socioeducadores e convidados.

Ações afirmativas

Segundo a diretora-geral da Fundac, Ariselma Pereira, o encontro é importante para o desenvolvimento de ações afirmativas capazes de promover a igualdade e o respeito à diversidade dentro das unidades de Atendimento Socioeducativo. “Todos nós temos o direito de ser respeitados pelo que somos, com as nossas características e valores. Isso é um direito humano”.

A iniciativa visa criar, desenvolver e fortalecer encontros quatrimestrais para reflexão/ação do cotidiano nas unidades de Atendimento Socioeducativo vinculadas à Fundac. Visa ainda promover a compreensão das especificidades do racismo brasileiro, além de sensibilizar para identificar práticas discriminatórias e a qualificar para uma intervenção pedagógica voltada à superação.

De acordo com os organizadores, a ação está fundamentada na Declaração dos Direitos Humanos, que garante que todos os seres humanos têm direitos iguais; na Lei 11.645/2008 e no Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), que preveem discussões periódicas sobre a temática.

Para participar dos debates, foram convidados a diretora do Curso de Serviço Social da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Elizabeth Pinto, a professora da Rede Estadual de Educação, Deyse Sacramento, e o psicólogo Victor Pimentel, além de gestores, técnicos, educadores de medidas, orientadores e educandos.