Já estão à disposição da Justiça, custodiados na Corregedoria da Polícia Civil (Correpol), na Chapada do Rio Vermelho, em Salvador, os policiais civis Antônio Flávio Eloi Gomes, Edmundo Cleber da Hora Bomfim e Robson Cássio Pinheiro Pinto, que extorquiram, há 20 dias, um empresário do ramo farmacêutico, exigindo-lhe R$ 12 mil para não prendê-lo e nem autuá-lo em flagrante por comercializar medicamentos de uso controlado sem a receita médica.

Com mandado de prisão temporária decretada pelo juiz Freddy Carvalho Pita Lima, eles apresentaram-se na Correpol, na tarde de segunda-feira (27), sendo indiciados por formação de quadrilha e crime de concussão (extorsão praticada por funcionário público).

Na sexta-feira (24), também foi preso Roberto Carlos Silva de Santana, que, segundo a corregedora chefe, delegada Iracema Silva de Jesus, apresentava-se como policial civil para praticar extorsão e outras modalidades criminosas, com apoio dos três investigadores, todos lotados na 1ª Delegacia Territorial (1ª DT/Barris). Roberto Carlos segue recolhido na Unidade Especial Disciplinar (UED), no Complexo Penitenciário da Mata Escura.

O empresário extorquido chegou a ser conduzido em viatura oficial para a 1ª DT, no dia 8 de fevereiro, por Antônio Flávio, Edmundo Cleber, Robson Cássio e o cúmplice Roberto Carlos, onde permaneceu por quase três horas sob ameaça. A vítima também foi obrigada a se dirigir a uma agência bancária para sacar os R$ 12 mil exigidos pelo grupo.

As investigações conduzidas pela Correpol indicam que Roberto Carlos Silva de Santana atuava identificando comerciantes e empresários que estivessem em desacordo com o fisco federal, estadual e municipal, ou mesmo comercializando medicamentos em desconformidade com a legislação. Posteriormente, ele e os três policiais presos na segunda-feira (27), passavam a extorqui-los, alegando saber das irregularidades.