Com a prisão de seis traficantes na localidade da Baixa da Égua, no Engelho Velho da Federação, em Salvador, a polícia elucidou o triplo homicídio ocorrido no dia 11 de setembro passado e desarticulou uma das ramificações da quadrilha liderada por Kléber Pereira Nóbrega, o ‘Kekeu’, que se encontra custodiado no Complexo Penitenciário do Estado da Bahia, na Mata Escura.

A organização criminosa é especializada na venda e distribuição de drogas para todo o estado. Foram presos os traficantes André Vinícius Santana dos Santos, 25 anos, Rafael das Neves Trindade, 24, Luís Eliomar dos Santos Cunha, 22, o ‘Téo’, Jadson Chagas dos Santos, 32, conhecido como ‘Mocotó’, João Vitor Bonfim Santos Sacramento, 24, e Reinaldo Souza Santos Filho, 31, o ‘Fofão’.

A operação foi integrada pela Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM) e a 41ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e descobriu que ‘Fofão’ tinha o papel na quadrilha de ensinar aos comparsas o manuseio de determinados armamentos, graças à experiência adquirida nos três anos que serviu à Aeronáutica.

Pontos de venda

Os presos dominavam pontos de vendas de drogas da localidade do ‘Forno’, no Engelho Velho da Federação, e confessaram que cometeram o triplo homicídio a mando de Kekeu. A ação fazia parte de um plano para tomar as bocas de fumo da localidade da Lajinha, situada naquele mesmo bairro.

“Demos uma resposta a esse crime que chocou a população com um trabalho integrado, contando inclusive com o apoio da Secretaria de Administração Prisional e Ressocialização”, explicou o diretor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), delegado Arthur Gallas.

O titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), delegado Odair Carneiro, responsável pela investigação, esclareceu que todos os presos já tinham passagens por roubos, tráfico de drogas e homicídios. “Vamos aprofundar as investigações para precisar como ‘Kekeu’ vem influenciando as ações da quadrilha, mesmo estando custodiado, e indiciá-lo por mais crimes”, afirmou.

O comandante da 41ª CIPM (Federação), major PM Jutamar José Oliveira, ressaltou que as diligências continuarão em busca dos outros integrantes da organização criminosa e que, além do triplo homicídio desvendado, a polícia “quebrou um braço” da principal quadrilha que atua naquela região.