Nos últimos 12 meses, a Bahia gerou 26.198 postos formais de trabalho e apresentou um crescimento de 1,53% no nível de emprego no período. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira (20) em Brasília.

Com relação ao mês de fevereiro de 2013, foi apurado na Região Metropolitana de Salvador (RMS) um saldo positivo de 140 novos postos de trabalho, enquanto no interior do estado foram eliminados 1.216 empregos. Nos dois primeiros meses do ano, a RMS criou 744 novos empregos com carteira assinada, para uma eliminação de 735 postos nos demais municípios do interior.

Também no mês de fevereiro, os dados referentes aos municípios com mais de 30 mil habitantes, revelam que Brumado, com 437 novas contratações, Feira de Santana, com 390, e Camaçari, com 300, se destacaram na criação de novas oportunidades de trabalho no estado. Entre os municípios que tiveram os menores saldos no mesmo período estão Porto Seguro (-501 postos), Salvador (-473 postos) e Mata de São João (-214 postos).

Taxa de crescimento

Para o diretor-geral da Superintendência de Estudos Econômicos Sociais da Bahia (SEI), Geraldo Reis, a tendência é de um arrefecimento no ritmo de crescimento do emprego no mercado de trabalho baiano, que não necessariamente acompanha o crescimento da atividade econômica no estado.

“A expectativa é de um crescimento do PIB baiano acima de 3% em 2013, e o mercado de trabalho, mesmo com a perspectiva de uma boa taxa de crescimento da economia, tende ao arrefecimento, tendo em vista o forte desempenho na geração de empregos de 2006 para cá, quando foram criados mais de 500 mil novos postos de trabalho”, analisa Reis.

Retração

Em todo o estado, foram eliminados 1.076 empregos celetistas, no mês de fevereiro de 2013, o equivalente à retração de 0,06 % em relação ao estoque de assalariados com carteira assinada do mês anterior. Tal resultado decorreu, principalmente, da redução do emprego no setor da agropecuária (-1.175 postos) e do comércio (-1.088 postos).

No setor agropecuário, os principais resultados negativos vieram do cultivo da cana-de-açúcar (-894 postos), cultivo de laranja (-176 postos) e cultivo do fumo (-125 postos). Os municípios baianos com saldos mais negativos neste setor são Amélia Rodrigues (-894), Juazeiro (-195), Governador Mangabeira (-145) e Rio Real (-124).

Na Região Nordeste, apenas o Ceará contou com saldo positivo no período, 3.060 novos postos de trabalho. Os outros estados apresentaram saldos negativos: Sergipe (-123 postos), Piauí (-345 postos), Rio Grande do Norte (-844 postos), Maranhão (-1.217 postos), Paraíba (-3.193 postos), Pernambuco (-4.370 postos) e Alagoas (-7.773 postos).