Atualmente, 400 estudantes do ensino fundamental do semiárido baiano estão aprendendo a produzir robôs, aplicação das novas tecnologias, técnicas de fotografia e de edição de som e vídeo no Centro de Educação Científica de Serrinha, localizado a 197 quilômetros de Salvador.

Durante dois anos, eles têm aulas nos turnos opostos ao da escola regular, num ambiente estruturado com equipamentos modernos e professores qualificados. Os pequenos cientistas participam de oficinas nas áreas de ciência, tecnologia, meio ambiente, robótica e arte, sendo a aprendizagem adquirida de forma lúdica e interativa.

Durante visita realizada a Serrinha, representantes de instituições tecnológicas, como a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado (Secti), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/Bahia) e a Fundação José Carvalho, avaliaram de perto a metodologia de trabalho realizada no centro, que tem o objetivo principal de promover a inclusão social e intelectual, por meio de conceitos e práticas da ciência moderna.

“Fiquei bastante impressionada com a metodologia aplicada pelos professores e como os desafios propostos aos alunos os inspiram a tornassem pequenos pesquisadores”, afirmou a pedagoga Maria Célia, diretora de Ensino do Senai/ Lapinha.

O representante da Fundação José Carvalho, Luís Cláudio, disse que a visita vai contribuir para agregar conhecimento aos projetos já desenvolvidos pela instituição. “Tivemos um aproveitamento ímpar com a visita a esta escola, que permite mudar o destino social destes jovens, e essa transformação traz um impacto positivo para a área da ciência, em crescente desenvolvimento no estado”.

Instituição

O Centro de Educação Científica de Serrinha foi inaugurado em 2010, e a escola concebida nos moldes do Instituto Internacional de Neurociências de Natal (RN) Edmond e Lily Safra (IINN-ELS), atendendo atualmente a segunda turma de alunos. Os matriculados permanecem por dois anos até concluir as oficinas de ciência e tecnologia, ciência e meio ambiente, ciência e robótica, e ciência e arte.

A instituição é resultado de parceria entre o Governo da Bahia e a Associação Alberto Santos Dumont de Apoio à Pesquisa (ASSDAP), que gere a unidade. O governo cedeu o prédio, além de destinar R$ 5 milhões para implantação integral do projeto, por intermédio da Secti.

“O centro promove o programa de popularização da ciência implementado pela Secti, destinado a levar conhecimento científico de maneira lúdica para as crianças e jovens, despertando o interesse pela ciência para desenvolver suas aptidões. Esperamos que desta instituição saiam novos pesquisadores e cientistas baianos”, afirmou o secretário Paulo Câmera.