Ampliar o acesso ao medicamento e estimular a frequência dos pacientes nas unidades de saúde para controle médico, com acompanhamento e avaliação constante. Estes são alguns dos benefícios do programa Medicamentos em Casa – Medcasa, que nesta segunda-feira (30) completa cinco anos de implantação e com mais de 79 mil usuários cadastrados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab).

De acordo com o secretário Jorge Solla, programas como o Medcasa revelam o destaque da área farmacêutica dentro da estratégia do governo de priorizar o atendimento à saúde, desde 2007, quando foi eleita uma comissão técnica para elaborar o projeto.

Para o superintendente de Assistência Farmacêutica Ciência e Tecnologia em Saúde, Alfredo Boa Sorte, o Medcasa possibilita a humanização do atendimento e vem ampliando o acesso dos usuários aos medicamentos, contribuindo na maior adesão terapêutica, e reduzindo os agravos da hipertensão e diabetes. Só neste ano, 78 municípios fizeram adesão ao programa, totalizando 251 municípios com termo de compromisso assinado.

Portadores de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em particular, os mais idosos ou com alguma dificuldade de locomoção, recebem os remédios de uso contínuo na residência. Recebem medicamentos para o diabetes 3.457 cadastrados. Para hipertensão, 53.539 usuários. Hipertensos e diabetes, conjuntamente, 11.205. Na área de planejamento reprodutivo são 11.142 usuários.

Adesão

Para viabilizar a implantação do Medcasa é necessário a assinatura do termo de compromisso entre a Sesab e os municípios. O benefício é destinado ao paciente referenciado pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), que deve cobrir 40% da população do município, e atendido em uma Unidade Saúde da Família (USF).

O programa também estimula a frequência dos pacientes às unidades de saúde, pois há a exigência do controle médico e avaliação a cada três meses. Não se trata, portanto, de simplesmente entregar o remédio. O paciente deve ter um quadro estável, crônico, e o remédio ser de uso contínuo.

A inclusão se dá a partir da rede básica de saúde e uma das diretrizes é o uso racional do medicamento, com prescrição adequada, acompanhamento da adesão ao tratamento e avaliação do quadro do paciente.

A cada remessa, o paciente recebe medicamentos para três meses de uso contínuo. Antes de vencido esse período, é previamente agendada uma nova consulta, quando é renovada a prescrição.
Isso garante a continuidade do tratamento. Nos municípios, uma equipe treinada cadastra e lança os dados na internet. O sistema é automaticamente alimentado e dispara o envio dos remédios pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.