Daniel Pereira dos Santos, 29 anos, suspeito de liderar a chacina de seis pessoas na noite de sábado (9) na Rua Guiné, bairro Periperi, periferia de Salvador, foi interrogado no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, na tarde desta terça-feira (12), poucas horas depois de se apresentar no Conjunto Penal de Lauro de Freitas, de onde saiu naquele mesmo sábado beneficiado pelo indulto do Dia dos Pais.

O titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), delegado Odair Carneiro, que preside o inquérito, apresentou o criminoso à imprensa às 17h desta terça-feira, antes de recambiá-lo para o sistema prisional, onde cumpre pena por estupro. Daniel também responde por homicídio, ocultação de cadáver e associação ao tráfico.

Outros dois participantes da chacina, identificados como Jean Jorge Gonçalves dos Santos e Diego de Souza Gonçalves, continua foragidos e são procurados.

No depoimento prestado no DHPP Daniel revelou a motivação e as circunstâncias do ataque à casa na Rua Guiné, onde acontecia uma festa de aniversário de familiares de seu ex-comparsa e atual rival, Leno Reis Menezes, com o qual tem uma rixa. Depois que ele foi preso, Leno associou-se a traficantes rivais, daquela região.

Homicídio qualificado

Alvos do ataque, Leno e outro traficante de prenome Bruno, deixaram o local da festa minutos antes do ataque, mas Amanda Reis dos Anjos, Alessandro Reis dos Anjos, Ricardo de Carvalho Silva e Adoniran Reis dos Santos, foram alvejados com vários tiros.

Marcos Antônio Silva Santos e Edmilson Santos dos Anjos foram mortos em via pública. Alessandra Reis dos Anjos e Leilane Reis Menezes foram baleadas nas pernas e socorridas no Hospital do Subúrbio.

Apontado como mandante e executor da chacina, Daniel Pereira dos Santos foi indiciado por homicídio qualificado e deverá ser transferido para o Complexo Penitenciário da Mata Escura.