A reestruturação do turismo religioso na Bahia foi tema da Oficina de Direcionamento Estratégico, nesta sexta-feira (12), no Centro Cultural dos Capuchinhos, localizado no Centro de Salvador. Realizado pela Secretaria do Turismo (Setur), o encontro incluiu uma discussão sobre o planejamento de ações para 2015.

Visando fortalecer o segmento, a equipe técnica da Setur e a Comissão Gestora do Turismo Religioso deram o primeiro passo para iniciar um planejamento, a fim de atender às principais demandas e necessidades do setor. “Iniciamos esse trabalho após inúmeras discussões. Nosso interesse é fortalecer e desenvolver o turismo religioso, e estamos aqui para dar atenção às necessidades e demandas do segmento”, ressaltou a diretora de Serviços Turísticos da Setur, Giulliana Brito.

Durante o encontro, que teve a mediação do consultor do Sebrae, Ricardo Cerqueira, os participantes puderam debater sobre a estruturação do segmento, o papel da comissão gestora, além da contribuição do turismo para o desenvolvimento da economia do estado.

Movimentação de fiéis

Atualmente, com maior foco nas ações de entidades católicas e de matriz africana, o turismo religioso na Bahia é uma oportunidade para geração de renda, tanto para as igrejas quanto para os fiéis que desejam investir em negócios ligados ao segmento. Meios de hospedagem, transporte turístico, produção e comercialização de lembranças e artigos religiosos são algumas das atividades ligadas ao turismo religioso que, no Brasil, movimenta mais de 15 milhões de fiéis por ano, de acordo com dados do Ministério do Turismo.

Para o frei Ulisses, da Igreja da Piedade, essa movimentação de fiéis é uma oportunidade de negócios para quem souber investir, sempre com apoio do poder público. “A Arquidiocese de Salvador buscou ter clareza sobre os aspectos do turismo religioso. Hoje falamos de pontos como cooperação, pois sabemos quem com a movimentação econômica gerada, ganham as igrejas, os empreendedores e o próprio Estado”, completou.

Já o secretário de Turismo de Vera Cruz, André Reis, falou sobre a relevância da oficina. “É importante para a reestruturação e planejamento das ações de implementação do segmento e também para fortalecer as políticas públicas para o turismo religioso”.