Produtos criativos e inovadores são lançados na 13ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária
Foto: Divulgação/SDR

A realização cada vez mais frequente de feiras agroecológicas e orgânicas em municípios do interior e em diversos bairros da capital baiana está movimentando a economia do estado, gerando renda para os agricultores familiares e ampliando os negócios de empresas que comercializam implementos agrícolas. Agricultores experimentadores têm sido acompanhados pelo Governo e por cooperativas.

Natan dos Santos, da Cooperativa de Produção da Agricultura Familiar da Comunidade de Lagoa de Dentro e Região, localizada em Tucano, no Nordeste baiano, considera o momento atual bastante promissor para os produtores. “Todas as feiras de agricultura familiar possibilitam uma troca de experiências entre as empresas agroecológicas. Isso tem possibilitado uma série de parcerias, e é muito bonito ver que não tem disputa. A gente se junta para ter força e isso alavanca todo mundo”, diz Natan, que comercializa produtos derivados do umbu, como doce em barra, geleia de umbu e compota. “Além dos doces, produzimos polpa. A gente abastece todo o município de Tucano, entregando produtos para os colégios estaduais. Também revendemos a tapioca granulada, da empresa Monte Sabor, de Monte Santo”.

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Natan já vem considerando a ideia de ampliar a produção para exportar os produtos para outros estados e, quem sabe, outros países. “Vamos lançar nossa cerveja de cajá no Empório da Agricultura Familiar no Rio Vermelho, em Salvador, neste final de ano”, anuncia.

A agricultora Edileuza Penha, da comunidade quilombola do Campestre, diz que foi através da Cooperativa de Trabalho e Assistência à Agricultura Familiar Sustentável do Piemonte (Cofaspi) que conseguiu ter acesso às políticas públicas, o que lhe possibilitou a produção de alimentos orgânicos. “Agradeço por fazer parte desse segmento. Antes, eu não produzia de forma correta, mas pude ter acesso à assistência técnica e comecei a trabalhar de forma adequada para o bem maior da minha comunidade. Estamos lutando, através das parcerias, pra gente combater a fome”, diz Edileuza.

Já o representante Agnaldo Rodrigues, vendedor da CDO Agrícola, empresa de implementos agrícolas, falou da importância da realização das feiras agrícolas, por movimentarem a economia em diversos municípios do interior do estado. “Vendemos de seis a dez máquinas agrícolas em cada dia de feira”, diz Rodrigues, explicando que é fundamental esses novos equipamentos e toda essa tecnologia chegarem ao agricultor familiar, porque “eles ainda utilizam o facão como instrumento de trabalho”, correndo um risco muito grande. “Essas máquinas são desenvolvidas com toda a tecnologia para que ninguém sofra acidentes. Uma pequena máquina tem o desempenho muito grande. E o pequeno produtor ganha tempo e pode fazer outros afazeres durante o dia”, acrescenta Rodrigues.

Entusiasta das feiras agroecológicas, o coordenador do Programa Bahia Sem Fome, Tiago Pereira, diz que é sempre com imensa emoção que participa das feiras, cujos produtos são cada vez mais diversificados e saudáveis. “Temos conseguido organizar os agricultores e agricultoras, os trabalhadores rurais, as mulheres do campo, os jovens, pra que a gente possa construir um projeto melhor de sociedade para se viver”, diz Pereira, lembrando que “o Governo do Estado, o governo federal, a sociedade civil, as organizações populares, todos nós estamos construindo uma grande agenda pra vencer a fome no estado da Bahia”.

Fonte: Ascom/BSF