Dia Mundial do Braille foi celebrado em evento na Biblioteca Central do Estado
Foto: Divulgação/FPC

Nesta quinta-feira (4), Dia Mundial do Braille, a Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB), gerida pela Fundação Pedro Calmon (FPC/Secult-BA), realizou no setor Braille da unidade, uma Roda de Conversa sobre Louis Braille e a importância do profissional da educação na metodologia para ensinar o sistema de letras e números para as pessoas cegas e de baixa visão. O evento ressaltou a importância de mecanismos que facilitem o acesso a informações e o desenvolvimento de pessoas cegas ou com baixa visão.

O equipamento cultural conta com um setor dedicado exclusivamente para o sistema Braille, que contabiliza aproximadamente seis mil livros, o setor é um dos mais antigos e maiores do Brasil em funcionamento, completando em 2024, 54 anos.

Link Personalizado

📱💻Clique aqui e acesse o ba.gov.br. Informações do estado e diversos serviços, tudo em um só lugar.

Para Jeferson Teles, Coordenador do Fórum Baiano de Pessoas Cegas e com Baixa Visão, e palestrante do evento, o setor Braille é importante para permitir o acesso direto ao livro escrito em braile levando ao enriquecimento da linguagem. Ele ressalta ainda, a importância do setor estar localizado dentro da Biblioteca Central do Estado. “Poucos lugares no Brasil proporcionam esse contato do cego com as pessoas sem deficiência. Não podemos continuar aceitando que as pessoas com deficiência fiquem invisíveis à sociedade, tornando esse espaço aqui fundamental, também por essa socialização entre pessoas cegas e não cegas. Isso faz toda a diferença pra gente”, completou.

Cláudia Lima, Coordenadora do projeto Massagem às Cegas, também participou da Roda de Conversa e ressaltou que o setor é fundamental para o desenvolvimento do conhecimento através da leitura, e que considera o setor Braille um espaço de refúgio. “É aqui que eu tomo as minhas aulas de xadrez, é aqui que eu estudo com os meus colegas a técnica da massoterapia. É um local que abraça as pessoas com deficiência visual, tanto cega quanto de baixa visão. Fazer parte desta casa, deste espaço, para mim é muito gratificante”.

Primeira biblioteca pública do Brasil, a BCEB, que também é a mais antiga da América Latina, faz parte do grupo de leitura inclusiva, que atende, por meio da Diretoria de Bibliotecas Públicas (DIBIP), da FPC, grupos com deficiências, em especial a visual. O setor Braille da BCEB possui acervos e recursos tecnológicos que propiciam a democratização da informação, como a impressora Braille, óculos Orcam, materiais audiovisuais, cabines equipadas para o estudo da comunidade acadêmica com deficiência visual, audiobooks, dentre outros.

Fonte: Ascom/FPC