O Rio Cascão, onde a Prefeitura de Salvador e a Construtora OAS estão realizando as obras de urbanização do canal do Imbuí, está em processo acelerado de despoluição e recuperação pelo Governo do Estado, por meio do Programa Água Para Todos, coordenado pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema).

O projeto de esgotamento sanitário, iniciado em fevereiro deste ano, visa implementar 100% de ligações de esgoto na bacia do Alto Pituaçu, que engloba o Rio Cascão e o Rio Saboeiro, com 14.750 ligações intradomiciliares. A previsão de conclusão da obra é de 24 meses e o investimento é de R$ 15,1 milhões.

A sub-bacia do Rio Cascão possui 16 quilômetros quadrados e está dentro da bacia hidrográfica do Rio Pituaçu. O investimento em saneamento básico, com a retirada dos esgotos domésticos lançados in natura no rio, é a solução para a revitalização do corpo d’água. Com a despoluição e revitalização, no período de um ano, o rio irá se autorrecuperar.

O Rio Cascão recebe as águas do Rio Saboeiro e deságua no Rio das Pedras, na altura do bairro do Imbuí, e possui uma nascente preservada em uma das áreas mais importantes de remanescentes de Mata Atlântica, em Salvador.

A nascente aflora no Saboeiro e é de águas limpas próximo à Vila Joaquim, no bairro, e é conhecida pelos moradores como “minadouro”. Eles relatam que aquele trecho do rio sempre foi muito utilizado para banho, lavar roupas, pesca e consumo.

Seu trecho principal está preservado em 200 hectares de mata protegida pelo 19º Batalhão de Caçadores do Exército (19 BC), no bairro do Cabula, onde se encontra também a represa do Rio Cascão.

Tanto o trecho principal do Rio Cascão quanto o lago da represa têm águas limpas, com peixes de várias espécies e cardumes, o que representa grande biodiversidade.

A Represa do Rio Cascão foi construída em 1905 para abastecer a então “Cidade da Bahia”. Sua importância histórica e ambiental para a cidade dava nome à atual Avenida Jorge Amado, que, na época, tinha o nome de Avenida Vale do Cascão.