Uso de tecnologias limpas que preservem a saúde humana e a real possibilidade de sustentabilidade econômica das unidades familiares por meio de práticas agroecológicas e sistemas agroflorestais. Cerca de 700 agricultores familiares terão a oportunidade de adquirir estes conhecimentos durante o dia de campo que será realizado pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), via Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), no domingo (27), na Fazenda Sete Voltas, em Amargosa.

Para o diretor de Agricultura da EBDA, Hugo Pereira, o propósito da atividade é proporcionar aos agricultores familiares o acesso aos conhecimentos práticos de agroecologia, a fim de despertar a reflexão e a iniciativa prática para transição agroecológica em suas unidades familiares. “A importância dessa ação é fundamental para a conscientização dos agricultores familiares que desejem fazer a transição de sua propriedade quanto ao uso da agroecologia, pois os municia de conhecimentos práticos de todo o processo”, explicou o diretor.

Metodologia

Durante todo o dia, os agricultores familiares participarão dos cursos distribuídos em cinco estações distintas. A primeira abordará o tema Descoberta do Solo, com as suas definições, como se forma, fertilidade e biologia. Na segunda estação, os técnicos da EBDA falarão sobre estratégias para utilização de espécies de adubos verdes em sistemas agroecológicos.

A estação seguinte será destinada ao esclarecimento quanto aos elementos orgânicos utilizados na preparação de húmus e compostagem, assim como em relação ao processo de produção de mudas para reflorestamento. Preparação de biofertilizantes é o tema do quarto espaço. Os participantes serão orientados a utilizar os elementos específicos para preparação dos produtos, esclarecimentos sobre os benefícios da utilização desses materiais no processo de produção e a aplicação correta dos defensivos orgânicos.

Por fim, os participantes receberão esclarecimentos sobre os Sistemas Agroflorestais (Safs), que são formas de uso da terra em consórcio de espécies arbóreas, cultivos agrícolas e criação de animais numa mesma área, de maneira simultânea, ou ao longo do tempo.
“Alguns sistemas são práticas antigas de produção e representam um grande desafio para o campo científico”, disse o técnico da EBDA, Raul Lomanto Neto. Segundo ele, na Amazônia, por exemplo, os Safs vêm sendo utilizados há anos pelos índios, na forma de capoeira enriquecida, e por agricultores através da agricultura itinerante.