Proporcionar a troca de experiências entre as comunidades quilombolas e construir um diálogo transparente na esfera governamental, no que concerne às políticas estaduais direcionadas aos remanescentes de quilombos. Este é o objetivo do Seminário de Cidadania Quilombola, iniciado nesta quinta-feira (24) no Hotel Panorâmico, em Bom Jesus da Lapa. As atividades seguem até domingo (26) com a participação de cerca de 45 comunidades quilombolas dos 26 territórios de identidade do estado.

O evento faz parte do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais, iniciativa da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes) em parceira com outras secretarias, a exemplo da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi). Segundo a coordenadora de Políticas para Quilombos da Sepromi, Genny Aires, o seminário é um espaço para discussão e elaboração das políticas públicas voltadas para os quilombolas. “É um momento de mobilizar as comunidades para a organização de um encontro de caráter estadual” enfatizou.

Na quinta-feira, primeiro dia de atividades, ocorreram oficinas sobre regularização fundiária, educação e cultura, direitos humanos e sustentabilidade, além da plenária com as lideranças quilombolas. Nesta sexta, foram apresentadas ações do Governo do Estado, voltadas para o segmento. Por fim, sábado, ocorrerá a conjugação das demandas dos quilombolas com as ações do governo.

A estimativa dos organizadores é que as comunidades tradicionais baianas (indígenas, ciganos, povos de terreiro, ribeirinhos, entre outros) realizem encontros que estimulem a organização política desses grupos, que se encontram em evidente situação de exclusão. Desses encontros se espera também que sejam tiradas deliberações que contribuirão para a construção da Política Estadual de Desenvolvimento Sustentável de Povos e Comunidades Tradicionais.