No próximo semestre, o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), vai investir R$ 3,6 milhões em projeto de Inclusão Socioprodutiva, com o fortalecimento da economia dos pequenos produtores familiares do semiárido baiano. São recursos próprios e oriundos de parceria com o governo federal, que beneficiarão diretamente mais de oito mil famílias em 38 dos 51 municípios integrantes da primeira etapa do projeto ‘Terra de Valor’ nos segmentos de caprinocultura de leite, fruticultura, agroindústria e beneficiamento e fortalecimento da cadeia produtiva do sisal.

Para atender o segmento da caprinocultura de leite, o projeto construirá três mini-usinas de beneficiamento, tendo como municípios âncoras, Jeremoabo, Curaçá e Monte Santo, cada um com 15 unidades de produção de leite. Além do município de Valente, que terá três, e Uauá, duas, totalizando 50 unidades, que vão funcionar em sistema de condomínio.

São 20 pequenos agricultores para cada unidade, sendo beneficiadas mil pessoas. O projeto entregará cinco matrizes caprinas leiteira. Para um grupo de 20 famílias, 100 matrizes e quatro reprodutores. As unidades de produção de leite serão implantadas numa distância de 50 a 60 quilômetros da mini-usina de beneficiamento.

Os pequenos agricultores beneficiados também terão capacitação tecnológica em 140 turmas de 60 horas, com 25 alunos cada, compreendendo 90 cursos. No total, as 50 unidades de produção atenderão a mil pequenos agricultores familiares, com cinco mil matrizes, 200 reprodutores, 50 resfriadores e 50 kits de irrigação.

Fruticultura nativa 
Para o segmento serão implantadas três usinas de beneficiamento, que terão como municípios âncoras Uauá, Ribeira do Pombal e Itiúba, cada um com 13 mini-usinas, totalizando 39 unidades de produção, implantadas a uma distância de 50 quilômetros da usina, com um agente comunitário rural em cada. A capacitação tecnológica será para 86 turmas, com 30 alunos cada, compreendendo 10 cursos. Cerca de 1.950 produtores estão inseridos nesta atividade.

A secretária Arany Santana afirma que “os beneficiários também receberão assistência técnica continuada para coleta e colheita das frutas na comunidade, pré-processamento nas mini-usinas, encaminhamento para a agroindústria central e processamento, envasamento, rotulação e comercialização dos produtos na unidade central”.

O fortalecimento da cadeia produtiva do sisal começa com a recuperação da lavoura de 3.460 hectares, beneficiando cinco mil agricultores, organização da produção, beneficiamento e comercialização do sisal e da produção consorciada. No total, 20 municípios do Território do Sisal serão beneficiados. O projeto garante também a revitalização dos serviços de Assistência Técnica de Extensão Rural (Ater), com supervisão, acompanhamento, monitoramento e avaliação.

Consta ainda do projeto, a defesa sanitária com unidades produtivas de mudas instaladas em Conceição do Coité e Monte Santo, o fortalecimento do beneficiamento do sisal, com duas batedeiras em duas unidades didáticas de artesanato, em Valente e Araci, e a capacitação tecnológica intensiva, compreendendo 23 cursos.

Entre os municípios atendidos estão Araci, Barrocas, Biritinga, Candeal, Cansanção, Conceição do Coité, Quinjingue, Ichú, Itiúba, Lamarão, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Retirolândia, Santan Luz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente.