Onde houver um empreendedor informal, lá estão os agentes de inclusão socioprodutiva, da Secretaria de Desenvolvimento Social e de Combate à Pobreza, auxiliando comerciantes e vendedores ambulantes na formalização e ampliação de seus negócios. O trabalho deles, que atuam por meio do Programa Vida Melhor, consiste em oferecer assistência técnica continuada, orientação para obter microcrédito assistido, qualificação, apoio para a comercialização dos produtos e serviços e até mesmo equipamentos e insumos.

Além dos agentes, os comerciantes contam com Unidades de Inclusão Socioprodutiva (Unis), implantadas nas cinco regiões de Salvador e Região Metropolitana, a fim de dar mais suporte às atividades. Inicialmente, cerca de 40 bairros da capital são beneficiados com o programa, entre estes estão o Bairro da Paz, Nordeste de Amaralina, Cajazeiras, Paripe, Periperi.

De acordo com o coordenador da Unis da região do bairro da Paz, que será inaugurada ainda este mês, Lucas Carvalho, os 110 agentes de inclusão socioprodutiva foram capacitados em estudos de economia e finanças, a fim de oferecer um serviço de qualidade a todos os empreendedores informais.

Carvalho explica que para a expansão do empreendimento, os comerciantes são orientados pelo programa a buscarem o microcrédito com bancos parceiros, além de potencializar a administração do negócio. Para isso, os interessados serão capacitados pelo Sebrae, a fim de entender e aprender a gerir a sua própria empresa.

Para o vendedor ambulante Balbino Teles, 49 anos, a orientação chegou na hora certa. Comerciante de refrigerantes e bebidas há mais de 15 anos, Balbino afirmou que tem muita dificuldade na hora de administrar o seu pequeno negócio. “Saio todos os dias pela orla de Salvador tentando ganhar um dinheirinho, mas por causa da informalização, torna-se cada vez mais  difícil. Também desejo ampliar as vendas e esse apoio vai me ajudar bastante”, enfatizou.

A previsão do programa é atender entre 1,8 mil a 2 mil empreendedores informais. Os agentes escolhidos pertencem às comunidades onde as Unidades serão instaladas. São preferencialmente jovens, com ensino médio completo, conhecimento em informática e oriundos de famílias do Cadastro Único (CadÚnico).

Inclusão social 

O secretário de Desenvolvimento Social e de Combate à Pobreza, Carlos Brasileiro, explica que o Programa Vida Melhor Urbano é um projeto do Governo do Estado que trabalha com a metodologia do Plano Brasil sem Miséria, do Governo Federal.

O Vida Melhor trabalha com um conjunto de estratégias que busca emancipar a população em situação de pobreza, tendo como meta a inclusão social e produtiva de 400 mil famílias até 2015. O público prioritário é formado por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Ministério do Desenvolvimento Social, na faixa etária de 18 a 60 anos.