Representantes das 21 etnias indígenas que vivem no estado e de diversas secretarias do Governo da Bahia iniciaram uma negociação, nesta segunda-feira (6), em um debate realizado na Fundação Luís Eduardo Magalhães, no Centro Administrativo. Entre principais assuntos discutidos estão ações nas áreas de abastecimento de água, educação e habitação. De acordo com o secretário das Relações Institucionais, Cezar Lisboa, a negociação culmina com uma reunião entre representantes dos povos indígenas e o governador Jaques Wagner, nesta terça-feira (7), às 17h30, na governadoria.

“Dentre as rodadas de negociação que nós fazemos com todos os movimentos, sobretudo no mês de abril, e agora adentrando a maio, estamos recebendo os povos indígenas da Bahia, com todas as suas representações e entidades que congregam as várias etnias”, afirmou Lisboa. Segundo ele, esta negociação faz parte de um plano de um trabalho operativo, chamado PTO, elaborado juntamente com as entidades indígenas. “É preciso fazer um balanço do que já foi executado e também pactuar para que haja desdobramentos nas áreas de educação, habitação, justiça, agricultura, saúde, acesso à água, entre outros”.

Para o cacique Juvenal Paiaiá, etnia que habita a Chapada Diamantina, “no atual governo, as relações entre o poder e o povo indígena tomou outra dimensão. A gente tem dito isto abertamente, o que não quer dizer que tudo foi resolvido. Há um déficit enorme, o poder nunca havia sentado com os povos indígenas e o governo Wagner veio imbuído desta vontade”.