As exportações baianas mantiveram o comportamento de alta e alcançaram US$ 916,6 milhões em fevereiro de 2012, uma taxa 34,6% superior ao mesmo mês de 2011. Já as importações baianas também acusaram crescimento nesse período (24,6%), atingindo US$ 364,5 milhões. Os dados são sistematizados pela Superintendência de Estudos e Pesquisas Econômicas da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

O aumento na demanda dos produtos baianos também é perceptível ao se comparar janeiro e fevereiro de 2012, um crescimento de 12,7%. O coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Souza, explica os números positivos, apesar do panorama de crise. “Os preços das commodities – em especial fumo, petróleo, algodão e minerais – justificam o incremento na balança. O preços dos produtos registraram variação positiva, em média, 17,2%, e na quantidade 14,8%”.

Segundo Souza, o petróleo, por exemplo, tem um barril cotado acima de US$ 100,00, após o acirramento na relação do Irã com as potências ocidentais. “Entre os compradores dos produtos baianos, os EUA acenam recuperação da crise, e a China manteve crescimento considerável. Já os automóveis vendidos foram destaque positivo fora dos produtos agrícolas e minerais”.

Vendas externas bateram novo recorde

No primeiro bimestre de 2012, as vendas externas bateram novo recorde para o período, alcançando US$ 1,73 bilhão, um crescimento de 35% em relação ao primeiro bimestre de 2011. O saldo comercial nesse período também foi favorável, US$ 621,1 milhões, 67,8% acima de igual período de 2011.

A participação dos manufaturados na pauta exportadora baiana subiu para 52%, contra 27% de todo ano 2011, devido às compras da Argentina. O país vizinho é o terceiro maior mercado no ano para as exportações do estado com incremento de 73%, mesmo com as restrições impostas à compra de produtos importados, como licenças não automáticas de importação e retenções demoradas nas alfândegas.

A relação com os EUA também foi positiva, cresceu 4,5% no bimestre, impulsionada por maiores vendas de derivados de petróleo e de produtos químicos orgânicos. Já as exportações para a União Europeia tiveram uma queda de 11,2% em função do agravamento da crise na zona do euro.

As importações sofreram incremento no bimestre de 21,6%, o que corresponde a um montante de US$ 1,11 bilhão. Nafta para a petroquímica com aumento de 318%, automóveis com 136% e cacau e derivados, 83,1%, foram os itens que mais pressionaram as compras no dois primeiros meses de 2011.